A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que obriga a instalação do botão do pânico nos aplicativos de transporte, como Uber e 99. A proposta surge como resposta a uma realidade preocupante: 60,5% dos motoristas de app já sofreram violência ou assédio durante o trabalho, segundo pesquisa nacional da fintech social GigU.
O botão, chamado de “PROTEJA”, precisa estar visível e de fácil o no aplicativo. A ideia é garantir que, em caso de emergência, o motorista consiga acionar rapidamente o recurso. Com a ativação do botão, o sistema compartilha imediatamente a localização e os dados da corrida com as autoridades de segurança pública.
Botão do pânico nos aplicativos reflete a insegurança da categoria
O estudo realizado pela GigU e pela Jangada Consultoria reforça a urgência da medida. Dos profissionais ouvidos, 58,3% afirmaram sentir medo constante durante as corridas. Além disso, apenas um terço dos motoristas relatou se sentir seguro no dia a dia.
A pesquisa revela também um problema estrutural: a relação de confiança com as plataformas. Mais de 61% dizem não entender claramente como funcionam os rees e taxas. Além disso, 78% apontam que as empresas demonstram pouco cuidado com a segurança dos trabalhadores.
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Projeto segue para o Senado e pode ampliar a proteção
Após a aprovação na Câmara, o projeto de lei segue para análise no Senado. A expectativa é que a criação do botão do pânico nos aplicativos represente um avanço na segurança dos motoristas e ageiros.
Segundo Luiz Gustavo Neves, CEO da GigU, a medida é um o inicial. Ele defende que novas soluções tecnológicas, como inteligência preditiva e IA de risco em tempo real, sejam implementadas. A fintech também destaca a importância de canais de e mais eficazes.
Pesquisa reforça urgência por segurança no trabalho
O levantamento da GigU ouviu 951 motoristas de diferentes regiões do país, entre abril e maio de 2025. O estudo apontou ainda que 36,7% dos motoristas avaliam o e das empresas como ruim ou muito ruim.
A proposta de criação do botão do pânico é vista como um reconhecimento do papel essencial desses trabalhadores na mobilidade urbana e da necessidade de ações concretas para proteger quem está nas ruas diariamente.