Uma bicicleta tem o potencial de retirar até 52 ageiros por mês do sistema de transporte público, segundo pesquisa conduzida por pesquisadores da PUR em Curitiba. O levantamento também revela que reajustes na tarifa de ônibus e no preço dos combustíveis aumentam diretamente o uso da bicicleta na cidade.
Bicicleta contribui para reduzir emissões de poluentes
O setor de transporte responde por 16% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, segundo relatório da KPMG. Entre 2005 e 2022, o setor teve aumento de 53% nas emissões absolutas. Nesse cenário, a bicicleta surge como solução sustentável e viável, especialmente em centros urbanos com infraestrutura cicloviária.
Preço da agem e do combustível impulsiona uso da bicicleta
A cada aumento de R$ 0,10 na tarifa do transporte coletivo, são registradas mais 1.068 bicicletas em circulação. Já quando os combustíveis sobem R$ 0,10, o número cresce em 1.520 unidades. Outro fator relevante é a construção de ciclovias: para cada quilômetro a mais, surgem 333 novas bicicletas em circulação.
Transição modal tende a ser permanente
A pesquisa indica que, uma vez feita a troca do ônibus pela bicicleta, o retorno ao transporte coletivo é raro, exceto em dias de clima extremo. Essa mudança reforça o papel da bicicleta como alternativa sólida à mobilidade urbana tradicional.
Estudo pode ajudar a planejar políticas de mobilidade
Luís André Fumagalli, um dos autores do estudo, destaca que o crescimento da malha cicloviária e os serviços de bicicletas compartilhadas estão contribuindo para esse comportamento. O estudo oferece dados estratégicos para equilibrar a demanda do transporte público e a expansão do uso da bicicleta.